Fórum geral

Bom dia!

Actualmente encontramo-nos a ler e escrever neste fórum, objectivando a organização do nosso casamento mas nunca retratámos como começou a história que hoje nos leva a preparar o matrimónio.

Conhecem aquela expressão "Não há coincidências..é o destino"...pois é, consideramos que no nosso caso foi o destino, sem mão directa de família ou amigos.

Numa noite de aniversário de uma amiga minha, durante o jantar, ponderámos ir dançar a uma determinada discoteca, festejando os anos. Com o moroso jantar, acabámos por considerar que ainda era uma distância considerável e decidimo-nos por outro local, mais próximo e, para mim, desconhecido.

Enquanto dançava acabei por bater os olhos nuns olhos que me observavam. Coincidência ou não, acabei por pisá-lo e empurrar uma mesa para cima dele (atenção...eu não bebo álcool, se é que isso vos passou pela cabeça).

O rapaz lá decidiu vir elogiar-me, por acaso no momento em que eu e o meu grupo nos encontrávamos de saída.
Segundo vim a saber mais tarde, por ele, resolveu ir embora também na mesma altura para não "perder o contacto" iniciado no meio da pista e apenas após com um breve elogio e agradecimento envergonhados. Então, na fila para pagar a despesa da noite, lá dissemos os nomes, as áreas profissionais e as zonas de residência.
Como cavalheiro, facultou-me o seu contacto de telemóvel, colocando nas minhas mãos o nosso futuro.

Não só para me fazer de difícil mas também porque a única seguramente sóbria era eu, só depois de "entregar" os amigos nas suas casas e de chegar à minha é que lhe enviei uma sms e foi daí que começou a nossa história que se entende após 5 anos e 2 meses.

Destino?! Chegámos à conclusão que sim, que o tivemos do nosso lado. Ambos não tínhamos planeado ir àquela discoteca, aliás a noite inicialmente pensada pelo meu grupo seria numa discoteca próxima da zona dele. Ele, naquela noite, resolveu ir explorar outras zonas e, também pela primeira vez, foi parar aquele local. Não nos conhecemos por meio de amigos, por meio de familiares mas porque o destino assim nos fez ir parar ao mesmo local e à mesma hora.

Após 4 anos de namoro, por distâncias geográficas e depois de 4 anos de viagens para trás e para a frente, resolvemos juntar as pantufas e viver juntos, numa casinha a meio das famílias de origem e dos locais de trabalho.

Há quem diga que o primeiro ano de vivência comum é o mais bonito, o mais fácil, o mais romântico...não foi essa a nossa experiência. Infelizmente o meu amor tem algum problema de saúde (que passado um ano ainda andamos a tentar descobrir ao certo de onde vem) e que nos colocou à prova assim como aos sentimentos que criámos e temos um pelo outro.

Se numa vida em comum já é necessário adaptar hábitos, educações e gostos, assim como gerir despesas que não estávamos habituados a tê-las e uma casa, com o problema de saúde tivemos que gerir ainda melhor o dinheiro e os humores, afinal, quem está doente nem sempre é paciente, bem humorado, flexível e tem capacidades para ajudar numa casa, apesar desta ser dos dois.

Quem está de fora, nem sempre é fácil apoiar sempre com a mesma paciência, carregar com todas as responsabilidades de contas e organização doméstica sozinha e estimular para a esperança e perseverança.

Foi um ano duro que tivemos que ultrapassar e analisar o que correu mal e como dar a volta e, por isso, estamos hoje noivos e com mais força ainda para enfrentar uma vida que, como muitos de nós sabem, não é cor-de-rosa todos os dias.

Obrigada pela paciência na vossa leitura.
:D