Música e Animação

de que zonas és? eu sou de espinho!
eu tb gostava de encontar um grupo tipo de gospel pa animar a mnh cerimonia!

Convém esclarecer que nem todos os párocos são tão "castradores" no que toca ao tipo de música e que se o casamento for ecuménico ou realizado fora da igreja católica, é muito mais fácil conseguir-se uma "banda sonora" a gosto.Obviamente que considero que a música tocada na cerimónia deve estar de algum modo ligada ao acto matrimonial em si e à fé, mas daí até dizer que só música litúrgica é que deve ser tocada nas igrejas, vai um passo grande como a Fossa das Marianas...Se bem que, já estive num casamento onde o noivo pediu ao violoncelista para tocar Apocalyptica e o pároco lá aceitou porque não sabia que grupo era.Apenas que era um grupo clássico.Adiante...

Sou da opinião que deve imperar o bom senso e bom gosto, para tal, considero que o melhor passo é reunir com o pároco que vai celebrar o matrimónio e tomar nota dos conselhos do dito cujo.De seguida, falar com o agrupamento que se contratar e tentar-se chegar a um entendimento.

...vamos por partes, como dizia Jack O Estripador.

A 1ª parte refere-se à sua péssima avaliação do conhecimento que eu tenho (ou no seu ponto de vista, que não tenho) sobre o que é Música Litúrgica.A própria música litúrgica tem sofrido mutações constantes ao longo do tempo, até porque segundo muda o Papa, mudam-se algumas visões.Só para ter uma ideia, até aproveito para pegar no ponto de o orgão ser o instrumento oficial da Igreja Católica, não sei se sabe, mas existiu uma época em que tudo o que fosse além da voz, ou seja, instrumentos musicais, eram considerados de índole pagã e logo proibidos.Focando só mais um aspecto rápido, o Papa João XXII baniu em 1322 as harmonias da música polifónica, alegando que as mesmas eram obra do demónio.E mais coisas se podem dizer, como a estupenda ideia do Papa Bento XVI incitar à recuperação maciça do canto gregoriano como música litúrgica, como se pode ler na exortação "Sacramentum caritatis".

No que toca à 2ª parte, não querendo que me falte a modéstia, acho que essa tirada do ir estudar Teologia é pessimamente aplicada, não fosse eu já formado em Teologia.

Aliás, sempre achei uma certa piada ao facto de existirem párocos castradores em termos de música e instrumentos, que depois aprovam trechos de alguns compositores que são considerados malfadados ou até mesmo hereges.E fora aqueles que ainda incitam ao uso de músicas que em nada se reflectem em termos como liturgia, Deus, fé ou casamento.Ou seja, quer-me parecer que existe muito pároco a precisar de fazer o seminário de novo e a ter que ler o compêndio outra vez.Isto pela segundo a sua opinião...

E vou terminar porque já me estou a alongar em demasia...Basicamente é uma questão de bom senso.Se os noivos pretendem ter música que não é exclusivamente sacra e que até foge ao campo lírico/clássico/erudito, é uma questão de falar com o pároco ou com quem celebra a cerimónia.O facto de o artista ser ou não católico, não tem sido motivo de impedimento para se utilizarem temas desse artista em celebrações de matrimónio.Aliás, Bach nem tão pouco era católico e tanto quanto me lembro hoje em dia tocam-se algumas peças dele em casamentos, peças essas cujos párocos até aplaudem se necessário.

Terminando por aqui, Deus é parte integrante do centro do casamento, que engloba homem e mulher.Sem uma destas 3 partes, o casamento é inútil e infrutífero do ponto de vista espiritual, sendo que o casamento como nós o conhecemos hoje, além de ser um acto importante, é realmente uma festa, um dia de alegria e uma celebração.

Nem mais!