Apaixonei-me primeiro pela voz | O Nosso Casamento

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Apaixonei-me primeiro pela voz

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#1 Quinta, 12/02/2015 - 20:56
Retrato de Diriusa Veiga
Diriusa Veiga
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Visto pela última vez: 8 anos 7 meses atrás
Desde: 01.07.2013 - 00:40

Apaixonei-me primeiro pela voz

Apaixonei-me primeiro pela voz...

Era uma vez...

Um amor como tantos outros, cheio de sonhos, planos, vontades, repleto de declarações eternas.

Era uma vez...

Um amor diferente de todos, singular pelas personagens. Somos dois, valha-nos Deus se fosse um triângulo, dois e mais um computador, acesso à internet, já devem estar a ver o cenário certo?! Amores do século XXI. Conheci o homem a que leva o título "amor da minha vida" com um simples teclar, imensos teclares. Num joguinho sem graça nenhuma, onde eu tão cheia de atrevimentos estava lá mortinha para falar com rapazes, com uma parva inocência ignorando os avisos da mãezinha de não conversar com estranhos na internet. Nesse jogo falei com o meu actual cunhado, e constatei pela idade que era muito novo para mim, ao que me foi dito que tinha um irmao mais velho. Siga para chat com o mano mais velho, doce rapaz desde o primeiro momento, durou muito pouco a conversa pela internet, mas pediu-me o número de telefone, prometendo ligar para desejar boas noites, eu incrédula esperei pelo combinado. Apaixonei-me pela voz, sim música para os meus ouvidos, aquela voz doce. É, bastou a promessa e ouvir a voz dele para continuar apaixonada até hoje. Já lá vão 1826 dias, os mesmos sonhos inocentes do início, muitos concretizados, imensos em stand-by, mas a vontade, essa é maior, vontade de ter eternidade para amar. E como todas as histórias de amor, há sempre situações contraditórias que lutam para minar um amor que no entanto é chato, teimoso e finca pé como o nosso tem feito, desistir não faz parte do nosso vocabulário.
Foram muitas horas a falar ao telefone, ao fim de 11 meses de namoro foi visitar-me, passei 5 dias como se andasse sobre nuvens, desde o início que era um amor escondido, proibido até, miúda rebelde arrisquei, saía às escondidas, histórias inventei só para ter o gosto de ter sentir aquele arrepio por estar com ele. Incrível que num meio pequeno onde vivo tudo se via, tudo se sabia, mas não liguei, sentia-me destemida com ele por perto. Tão destemida que o tempo passava e eu enfrentei todos que se opunham a algo tão genuíno, afastei muitas pessoas ao investir neste amor, mas não me arrependo nadinha de nada. Ter a capacidade de amar não toca a todos, e sou muito sortuda no homem que escolhi e ter sido escolhida por ele.

Para felicidade nossa somos noivos de 2015
Nada mais belo do que amar e ser amado.