Seria o destino ou as gomas? | O Nosso Casamento

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Seria o destino ou as gomas?

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#1 Quarta, 11/02/2015 - 00:43
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jennyyy
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Desde: 10.02.2015 - 23:56

Seria o destino ou as gomas?

Venho partilhar convosco a minha história de amor. Acordei numa manhã simples de Primavera, ia viajar nessa noite para Roma, como já tinha tudo preparado, decidi ir dar um passeio pela cidade, sentia-me bastante animada nesse dia. Como gosto de passear e ouvir um pouco de música, coloquei os meus auriculares e lá fui eu no meu passeio matinal. Tudo estava calmo, havia pouco transito e poucas pessoas pelas ruas, o sol brilhava, o céu estava limpo, não estava nem muito calor, nem muito frio, por isso, para mim, estava uma manhã perfeita, mal sabia eu o que me esperaria a seguir. Costumo sempre certificar-me, quando passo nas passadeiras, de que é seguro atravessar, no entanto, ia tão distraída, que atravessei sem mais nem menos. Para meu azar vinha um carro com vidros fumados, a uma velocidade maior do que deveria, que travou já mesmo juntinho a mim, levei um susto de morte! Meti-me a gritar com o condutor, chamei-lhe imensas coisas e ele, ainda parado, nem dava sinal de vida de dentro do carro, já estava a começar a ficar bastante irritada, mas, no momento em que ia virar costas, o condutor sai do carro, era jovem, alto e moreno, veio ter comigo e com uma voz bastante calma perguntou "A menina está bem?". Eu? Bem? Quase tinha sido atropelada! Estava frustrada, então respondi-lhe com todo o desprezo, mas ele, todo educado, limitou-se a sorrir-me, um sorriso tão encantador que me fez corar e ao mesmo tempo ficar ainda mais irritada pelo seu charme estar a fazer-me corar numa situação na qual eu poderia ter morrido, portanto, virei-lhe costas e continuei o meu passeio, tentando-me abstrair daquela situação. Cheguei perto da hora prevista para ir para o aeroporto, peguei nas malas e chamei um táxi. Houve um longo tempo de espera pois o vôo atrasara-se, por isso, comprei algumas gomas, pois adoro gomas. Passado esse tempo, por fim, estava a entrar no avião, sentei-me no meu lugar e aguardei até que levantássemos vôo. Durante a viagem, senti uma certa vontade de algo doce, então procurei na minha mala pelo saco de gomas que havia comprado, mas não o encontrei, devia tê-lo deixado em cima do banco onde as tinha estado a comer tempo antes, fiquei aborrecida com a situação, creio que até fiz beicinho, mas, nesse preciso momento o passageiro sentado ao meu lado estendeu-me, onde tinha um saco de gomas e perguntou "A menina está bem?", ao ouvir estas palavras e a sua voz percebi logo quem era, era ele, o rapaz que quase me havia atropelado, encarei-o e estava com um sorriso e um olhar tão doce para mim, era jovem, mas aquela expressão dava-lhe um ar ainda mais jovem, de menino, voltei a corar, envergonhada e sem saber o que dizer, pois, a ultima vez que o vira tinha-lhe chamado de tudo e virado-lhe as costas, quando ele estava apenas a ser bem educado comigo. Não tardou muito até ele começar a tentar quebrar aquela tensão, começando por se apresentar, pedir desculpas pelo que se tinha sucedido nas passadeiras, explicou que estava com pressa para tratar da sua viagem, cujo destino era Roma também, disse que as gomas tinha-as porque me vira comprá-las no aeroporto e sabia que eu ia também para Roma, seria uma forma de me pedir desculpa. Conversámos durante todo o resto da viagem e em Roma passámos imenso tempo juntos, visitámos todos os pontos de interesse juntos, tomávamos refeições juntos, até uma noite em que, durante um passeio nocturno pela Ponte Mílvio, enquanto admirávamos os cadeados de apaixonados, que revestiam o poste de iluminação, nos olhámos nos olhos por um longo momento, a sorrirmos e apercebemos-nos que nos estávamos a apaixonar de verdade um pelo outro.
Hoje, ainda continuamos juntos, numa relação maravilhosa, comemorando todos os Dias dos Namorados com gomas, o símbolo da nossa relação.